Jim Thompson House

Eu posterguei a visita a Jim Thompson House em Bangkok durante duas vindas a cidade, mas depois de ver que ela aparece em todos os guias e que a grande maioria dos visitantes a colocam em sua listas de lugares para conhecer na cidade, eu me rendi e fui conhecer a casa.

Primeiro, é preciso explicar quem foi o tal do Jim Thompson, né? E qual a importância dele para a Tailândia a ponto de ter um lugar como esse atraindo tanta gente e colocando a casa como must see ao lado de lugares como os famosos templos de Bangkok.

Thompson foi um espião americano que trabalhou como agente da CIA em Bangkok durante a Segunda Guerra Mundial. Ele se apaixonou pela cidade e pela Tailândia e depois da guerra ele voltou e decidiu viver aqui.

Jim Thompson

Ele se interessou pela produção de seda, produto que surgiu nesse canto do mundo e que estava caindo no esquecimento. Ele resgatou a cultura de produção de seda, abriu a Jim Thompson Thai Silk Company, mandou algumas amostras para Londres, Paris e Milão. As peças fizeram sucesso e ele ficou milionário.

A importância dele para o país foi ter resgatado a tradição de produção de seda, o que foi importante culturalmente, mas acima disso, economicamente. Pois naquela época a economia tailandesa praticamente vivia da produção de arroz e nem era tanta coisa assim.

Jim Thompson House Museum

Ele comprou um enorme terreno na beira de um canal, para facilitar a chegada e saída e lá construiu a enorme casa que a gente visita hoje. A casa segue o desenho das tradicionais casas tailandesas de antigamente, mas ele empregou também elementos funcionais da arquitetura chinesa e malaia na construção.

Entorno da casa, enormes, lindos e exuberantes jardins transforma a Jim Thompson House em um verdadeiro oásis no meio do tumulto de Bangkok.

Jim Thompson desapareceu misteriosamente durante uma viagem pela Malásia com um grupo de amigos em 1960 e existe um punhado de teorias do que pode ter acontecido. O fato é que nunca foi encontrado nenhum sinal do grupo. Depois disso a casa foi doada para a cidade e posteriormente transformada em museu.

A casa é bacana e os jardins são lindos
Jim Thompson House

Como é a visita a Jim Thompson House


Eu cheguei lá de BTS (metrô de superfície, Estação Nacional Stadium) e fiz uma curta caminhada até a casa. A entrada custou 200 Bahts (menos de 25 reais) e as visitas são guiadas, com grupos saindo a cada 30 minutos organizados por idiomas. Ví grupos em inglês, francês, tailandês e chinês. 

Durante a visita percorremos a parte inferior e os jardins. Depois tiramos os calçados para acessar a parte superior e interna da casa. Durante a visita, a guia conta a história dele e da casa. Mostra os detalhes de todos os ambientes, de fatos importantes e visitas ilustres que a casa recebeu. Uma pena não poder fazer fotos.

Passamos por uma imensa sala de estar, cozinha, escritório e quartos. Tudo ricamente decorado com peças de arte asiática. A casa é realmente linda e impressionante.

Pátio que liga a sala a o jardim
A casa é um verdadeiro oásis no meio de Siam
Mais um cantinho do jardim
Jim Thompson House
Essa estátua veio de Ayutthaya
Pequenas apresentações de dança tailandesa acontecem na casa
Pequenas apresentações de dança tailandesa acontecem na casa
Método tradicional de produção de seda
Fachada da casa

Vale a pena visitar a Jim Thompson House?


A visita é bacana e não custa os olhos da cara, mas acho que só se você tiver tempo de sobra em Bangkok, pois a cidade tem lugares bem mais interessantes para conhecer. Honestamente, achei um pouco supervalorizado, mas vai da experiência de cada um.

Eu não me arrependo de ter ido, mas também não me arrependo de não ter ido antes. Se você tem apenas 3 ou 4 dias na cidade, vale focar em outros passeios.



Eu já estive em Bangkok mais 5 vezes e aliás, já morei lá durante o ano de 2018. Todos os hotéis que eu vou indicar neste post eu já conheço e já me hospedei neles. Leia o post completo com todas as dicas ou confira os principais destaques aqui embaixo:

Rambuttri Village Plaza é um achado! Ele fica no coração do centro histórico de Bangkok, pertinho da Khao San. Embora essa região seja bem cheia, ele fica em uma rua super gostosa e bem tranquila. E foi neste hotel que eu me hospedei em duas ocasiões em Bangkok.

Amara Bangkok faz parte de uma rede de hotéis lá da Ásia, com duas unidades em Singapura, uma em Xangai e este em Bangkok. E não é exagero dizer, esse foi o melhor hotel que eu fiquei em Bangkok.

Prime Hotel Central Station foi reformado a pouco tempo, o quarto era enorme, com uma cama muito confortável. Uma bela vista da estação Hua Lampong, de onde saem os trens para Ayutthaya e para todos os cantos da Tailândia. 

The Quarter Ladprao fica em uma localização super estratégica em Bangkok, perto do Aeroporto Don Mueang e com fácil acesso de trem ao Aeroporto Internacional Suvarnabhumi.

Por fim, um hotel para quem está em trânsito. Eu fiquei no Suvarnabhumi Ville Airport Hotel durante uma conexão longa no Aeroporto Internacional Suvarnabhumi. O hotel fica ao lado do aeroporto, coladinho na pista. Inclusive eles tem um bar no rooftop – que serve drinks maravilhosos e ótimos pratos –  e de onde temos uma vista sensacional dos pousos e decolagens.


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