Neste post eu mostro para vocês o que fazer em Kyoto, uma das cidades mais interessantes do Japão em um roteiro de 3 dias.
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Depois de alguns dias na loucura e caos organizado de Tóquio, eu cheguei em Kyoto e tive uma grata surpresa. A cidade é totalmente oposto a Tóquio. Mais tranquila, alegre e vibrante, em Kyoto nós temos contato direto com o Japão antigo.
Kyoto foi a primeira capital do Império Japonês, fundada no século I, a cidade perdeu o título de capital japonesa para Tóquio em 1868. A cidade se modernizou, mas ainda preserva muito da sua essência em templos, santuários e bairros inteiros, como Gion, o famoso bairro das Gueixas.
Neste post com o que fazer em Kyoto, eu mostro para vocês o que eu fiz na cidade, passeios que eu recomendo e coisas você podem evitar. Mas antes, recomendo ler os posts abaixo para facilitar o planejamento da sua viagem.
Como tirar o visto para o Japão
Como é passar pela imigração no Japão
O que fazer em Tóquio
Onde ficar em Tóquio
Onde ficar em Kyoto
Como chegar em Kyoto
Kyoto fica distante 478 km de Tóquio e a melhor maneira de chegar até lá é de trem. Eu fiz essa viagem a bordo do Shinkansen, o trem bala japonês. Uma experiência única e que eu recomendo que você tenha no Japão.
A viagem de Shinkansen demora pouco mais de 2 horas e custa a partir de 17.700 Ienes com poltrona reservada, o equivalente a R$ 650. Sim, é caro e uma opção é comprar o Japan Rail Pass, um passe ilimitado de trem (que inclui alguns serviços do Shinkansen), ônibus e barcos. O passe pode ser adquirido para ser usado em 7, 14 ou 21 dias consecutivos. Recomendo ler o post onde eu mostro como comprar a passagem do Shinkansen e como comprar o Japan Rail Pass.
E claro, veja aqui como é a viagem no Shinkansen e assista ao vídeo dessa viagem abaixo:
Outra forma de chegar em Kyoto é de ônibus, os coletivos partem do Shinjuku Expressway Bus Terminal em Tóquio e a viagem dura 8 horas. A viagem é longa e os ônibus japoneses não são muito confortáveis.
O ponto positivo é o valor da passagem, 2.000 Ienes, o que dá uns 75 reais. Muitos viajantes econômicos optam por fazer o trajeto noturno para economizar na hospedagem. Os overnight buses partem de Tóquio depois das 22h e chegam em Kyoto por volta das 6h da manhã. Honestamente eu acho uma péssima ideia, vai ser muito difícil você dormir durante a viagem e ainda vai ter que esperar até a hora do check-in no seu hotel. A passagem pode ser comprada neste site.
Outra forma de chegar em Kyoto é de avião, porém, os aeroportos mais próximos são os de Osaka (Aeroporto Internacional Kansai ou Aeroporto Internacional de Osaka Itami). Entretanto você vai precisar pegar um trem até Kyoto, distante 95 km. Do Aeroporto de Kansai parte um trem expresso até Kyoto via Osaka, o Haruka Express, o que facilita a viagem.
Onde ficar em Kyoto
Escolher bem onde ficar em Kyoto vai ser determinante para você aproveitar bem a cidade. Eu já fiz um post com todas as dicas de hospedagem, recomendo a leitura.
Eu fiquei no APA Hotel Kyoto Ekikita, era muito perto da estação, da Kyoto Tower e do templo Nishi Honganji, um dos mais bonitos de Kyoto. Na real eu consegui visitar muitos lugares a pé por conta da excelente localização do hotel.
Nesta mesma região tem outros hotéis ótimos, como o Kyoto Hot Spring Hatoya Zuihokaku Hotel, o Richmond Hotel Premier Kyoto Ekimae e o M’s Inn Kyoto station KIZUYA que tem quartos muito bons e preços excelentes. Ótima alternativa para quem estiver procurando economizar com hospedagem em Kyoto.
No lado oposto a estes hotéis, mas ainda bem perto da estação fica o fantástico Daiwa Roynet Hotel Kyoto Ekimae. Que tem um excelente custo-benefício e quartos novos e confortáveis.
O que fazer em Kyoto
Kyoto Tower
A Kyoto Tower não é a melhor atração da cidade, inclusive, você pode passar direto. Mas ela foi o primeiro lugar que eu visitei justamente por conta da proximidade com o meu hotel. Entretanto, foi bacana para ter uma visão privilegiada da cidade e assim, mensurar melhor as distâncias para os templos e santuários ao redor.
Construída em 1964, a Kyoto Tower é a estrutura mais alta da cidade, com 131 metros, o seu observatório fica a 100 metros de altura. Na base da torre existe um prédio onde funciona um hotel, restaurantes em uma grande praça de alimentação semelhante a um shopping, além de lojas e cafés.
A Kyoto Tower fica exatamente em frente a Kyoto Station e a entrada custa 770 Ienes, o que dá uns 30 reais.
Templo Nishi Honganji
Este complexo de templos foi o segundo lugar que eu visitei em Kyoto logo depois que eu saí da Kyoto Tower. A maioria dos posts com dicas e roteiros com o que fazer em Kyoto não citavam esse templo e eu o descobri olhando de cima da torre.
Embora o Templo Nishi Honganji não aparecesse nos roteiros, ele é um dos mais importantes de Kyoto. Tanto por sua arquitetura tradicional, quanto por sua importância religiosa. Ele é um dos mais importantes templos do Jodo Shinshu, a linha do budismo japonês.
Para entrar não paga nada e ao pisar no pátio principal já ficamos surpresos com a magnitude dos dois templos que formam o complexo. De um lado fica o Nishi Honganji, o templo ocidental e do outro lado o Higashi Honganji, o templo oriental.
A história do templo neste local começou em 1561, quando as primeiras edificações foram erguidas. Um grande incêndio em 1864 destruiu o templo principal quase totalmente, esses dois pavilhões atuais foram construídos entre o final do século XIX e começo do século XX.
Construídos em cipreste japonês, são duas obras belíssimas e que podemos inclusive visitar por dentro. Lindíssimos e de muita simplicidade, como a maioria dos templos japoneses. Porém, fotos não são permitidas.
Mas por que existem dois templos praticamente iguais? No início do século XVII, Tokugawa Ieyasu, o Xogum que governava o Japão naquela época, ordenou que os rivais da linhagem Honganji fossem dividido em dois grupos, para que essa linhagem não fosse maior que a sua. E para cada grupo, construído um templo e por isso que existem dois pavilhões no Templo Nishi Honganji.
Kiyomizu-dera
Depois de conhecer o Templo Nishi Honganji eu segui a pé para o Kiyomizu-dera, um dos templos mais bonitos e famosos do Japão. A distância entre eles é de 3km, eu fui a pé, não existe maneira melhor de conhecer uma cidade do que caminhando por ela. O problema é que uma boa parte do trajeto é ladeira acima, já que o Kiyomizu-dera foi construído nas colinas arborizadas de Kyoto.
Para quem quiser economizar no táxi, do terminal de ônibus em frente a Kyoto Station partem as linhas 100 e 206 que passam bem próximas a ruazinha que dá acesso ao templo.
Subindo a ruazinha a caminho do Kiyomizu-dera, já dividimos o espaço com um punhado de moças usando roupas de gueixa e meninos com roupas de imperador. A razão? Fotos! Ao longo do caminho são dezenas de lojas que alugam essas roupas e você vai tropeçar em gueixas de todos os cantos do mundo. “Gueixas” loiras de olhos azuis, “gueixas” negras, indianas… chega ser curioso e engraçado.
Mas falando do Kiyomizu-dera, ele é também conhecido como “O templo da água pura”, pois foi erguido ano anos de 789 ao lado da pequena Otowa, também conhecida como “Cascata da Fortuna” uma cachoeira nas colinas de Kyoto.
O complexo de templos é bem grande e uma boa parte dele é gratuita. Entretanto, para visitar o grande templo, a cascata e percorrer as trilhas – de onde temos vistas incríveis – a entrada custa 400 Ienes, cerca de 15 reais.
Gion, o bairro das gueixas
Cerca de 900 metros do Kiyomizu-dera fica Gion, o famoso bairro das gueixas de Kyoto. O bairro existe desde o século XVII e surgiu com as casas de chá. Depois o lugar se tornou um centro de entretenimento com a mudança do lendário Teatro Kabuki para lá.
Diferente do que muita gente imagina, as gueixas não são prostitutas, mas mulheres da sociedade japonesa especializadas na arte do entretenimento. Surgiram para oferecer companhia sofisticada para a elite local em festas e recepções. Como algumas gueixas se tornaram amantes dos seus dannas – patrocinadores que custeiam a sua formação, já que em geral são meninas pobres – a fama de prostitutas veio daí.
Hoje as gueixas existem para preservar a cultura japonesa. Ser servido por uma gueixa em uma das tradicionais casas de chá de Kyoto é uma experiência única.
Além das gueixas originais, você vai ver uma penca de meninas vestidas de gueixas. É que aqui também existem uma infinidade de lojas que alugam os trajes típicos para a galera que quer caprichar nas fotos e claro, chamar atenção no Instagram.
Andar por Gion é uma viagem ao Japão antigo. Surpreendentemente parece que voltamos séculos no tempo, seja por conta das construções originais, templos, as casas de chá centenárias ou as gueixas circulando pelas vielas. Só percebemos que estamos no século XXI quando uma multidão de turistas empunhando smartphones de última geração surgem a cada esquina.
O bairro inteiro é interessante, todavia, a área de Higashiyama District é a parte mais pitoresca e também a mais fotografada. É lá que fica a Yasaka Pagoda, um templo com uma pagoda de 5 andares, um dos cartões postais de Kyoto.
Encontrar a pagoda no labirinto de ruas e becos de Gion pode ser complicado caso você não tenha acesso ao bom e velho Google Maps (se você não tiver internet no Japão, baixe os mapas offline). Partindo da Avenida Higashioji-dori, o beco que dá acesso a pagoda fica na esquina oposta da Rua Yasaka-dori. Chegando nessa esquina você já vai ver a bela torre no alto da colina.
E se você estiver procurando vida noturna em Kyoto, o endereço é Gion. Os restaurantes, casas de saquê e Karaokês atraem japoneses e visitantes todas as noites.
Para chegar é fácil, os ônibus número 100 ou 203 que saem da Kyoto Station e que passam pelo Kiyomizu-dera seguem para Gion em seguida.
Para saber mais sobre Gion, o blog Espiando pelo Mundo tem um post bem completinho, recomendo a leitura.
Palácio Imperial de Kyoto
Eu comecei o meu segundo dia em Kyoto visitando o Palácio Imperial. Uma construção gigantesca que abrigou até 1855 a família real japonesa antes da capital ser transferida para Tóquio.
Eu fui até lá de ônibus de turismo, vou falar mais disso adiante, entretanto o acesso de transporte público é muito simples. A estação de metrô Marutamachi (Linha Karasuma) fica em frente ao Palácio. A entrada do palácio é gratuita, porém, para visitar a parte fechada do palácio é preciso agendar um horário pelo site deles.
A visita ao Palácio Imperial de Kyoto é bem bacana, mas se você estiver sem tempo, pode pular pois existem palácios mais bonitos em Kyoto e que a visita é imperdível.
Nijo-jo Castle
Depois de passar pelo Palácio Imperial de Kyoto, eu segui para o Nijo-jo Castle. A distância entre eles é de 1 km, mas o acesso é super simples pela estação Nijojo-mae (linha Tonzai) do metrô de Kyoto.
A entrada do Nijo-jo Castle custa 1.000 Ienes, cerca de 37 reais. Compre a entrada no balcão exclusivo para estrangeiros.
O castelo foi construído em 1603 e era usado como uma espécie de quartel general das tropas do imperador para traçar estratégias de guerra e treinamento de samurais. E caminhando pelo interior do templo, vemos muitos sinais do uso militar do Nijo-jo Castle. Manequins são usados para representar cerimônias e reuniões.
O tour pela parte interna do castelo não pode ser fotografado e o roteiro pelos corredores e salões – tudo em estilo tradicional japonês com muitas divisórias de papel de arroz – leva cerca de 40 minutos.
Dalí o roteiro segue pelos jardins do castelo, que representa a maior parte do complexo e pela Honmaru-goten Palace, uma citadela bem no meio do castelo. Em uma das extremidades fica enorme torre de observação, de onde temos uma boa visão de todo o castelo.
O Nijo-jo Castle é enorme e a visita por todos os jardins e palácios leva pelo menos umas 3 horas. Tenha essa informação quando planejar o seu roteiro com o que fazer em Kyoto. Para facilitar, pegue um mapa na entrada pois o lugar é bem grande.
Kinkaku-ji, templo do pavilhão dourado
O Kinkaku-ji era um dos lugares que eu mais queria ver em Kyoto. Famoso pelo seu incrível templo dourado dentro de um lago, é mais um dos cartões postais do Japão.
Os ônibus param no ponto da Rua Nishioji-dori, de lá seguimos por uma ruazinha até a entrada do templo. Não tem erro, basta seguir as plaquinhas ou o fluxo de pessoas. A entrada custa 500 Ienes, o que dá uns 19 reais. Depois basta seguir as placas indicando o Shari-den, o pavilhão dourado.
O templo existe desde 1220, entretanto o famoso pavilhão todo coberto de folhas de ouro foi construído em 1397 para servir de local de descanso para o Xogum Ashikaga Yoshimitsu até 1408. Só depois que o lugar passou a ser usado como templo budista.
Heian Jingu
E qual foi a próxima atração? Mais um templo! Eu atravessei a cidade para chegar até o Heian Jingu. Diferente dos outros templos, esse é um templo xintoísta todo vermelho e com um imenso pátio e um belíssimo jardim japonês.
O templo é dedicado Imperador Kammu e ao Imperador Komei, o primeiro e ao último imperador a reinar em Kyoto antes de Tóquio ser a capital do Japão. Além de lindo, a entrada é gratuita e foi nele que eu finalizei meu segundo dia em Kyoto.
Floresta de Bambus, Arashiyama Bamboo Grove
Se tem um lugar que você não pode deixar de fora do seu roteiro com o que fazer em Kyoto é visitar a Arashiyama Bamboo Grove, a famosa Floresta de Bambus. Mais um lugar que é cartão postal e provavelmente você já viu muitas fotos da floresta de bambus.
Primeiramente, é preciso programar bem a sua visita, pois a floresta de bambus fica fora da cidade, em Arashiyama, um distrito de Kyoto.
E a melhor maneira de chegar até lá é de trem, pegue a linha JR Sagano na Kyoto Station no sentido Sonobe. Desça na estação Saga-Arashiyama e de lá uma curta caminhada até a entrada da floresta de bambus. A entrada é gratuita.
Durante o caminho você já vai ver os bambus, mas é depois de passar pelo Templo Tenryuji é que a floresta fica realmente linda.
Fushimi-Inari
De volta a Kyoto eu segui direto para Fushimi-Inari, outro lugar super fotografado de Kyoto. Certamente você já viu alguma foto deste lugar, um imenso corredor de toriis vermelhos a perder de vista.
Desde a entrada do templo, até o alto da montanha Inari, os corredores com toriis criam um dos cenários mais bonitos do Japão. Nada menos do que 10.000 desses portais vermelhos montanha acima. E no fim do imenso corredor, mais um templo, claro!
O acesso a Fushimi-Inari é muito simples, basta pegar o trem da linha JR Nara na Kyoto Station e descer na estação Fushimi-Inari. De lá, uma curta caminhada até a entrada do templo.
Como eu fui direto de Arashiyama para lá, a integração de linhas na Kyoto Station foi muito simples e dá para combinar os dois lugares no mesmo dia, apesar da distância entre eles, o trem facilita muito esse planejamento.
Quantos dias ficar em Kyoto
Eu diria que no mínimo 3 dias, eu gostaria de ter ficado 4 dias mas não cabia no meu planejamento. Existiam outros lugares que gostaria de visitar em em 3 dias era impossível. Bom, fica mais um motivo para retornar a Kyoto
O que fazer em Kyoto: sugestão de roteiro
Primeiro dia: Kyoto Tower, Templo Nishi Honganji, Kiyomizu-dera e Gion
Segundo dia: Palácio Imperial de Kyoto, Nijo-jo Castle, Kinkaku-ji e Heian Jingu
Terceiro dia: Arashiyama Bamboo Grove e Fushimi-Inari
Como andar por Kyoto
Kyoto tem uma excelente rede de transporte público composta por trem, metrô e ônibus. Com eles, a gente consegue cobrir praticamente toda cidade.
No meu segundo dia eu optei por usar o Kyoto Sky Bus, um ônibus que funciona no estilo hop-on/hop-off e que percorre boa parte dos principais pontos turísticos da cidade. Ele só não vai até a Arashiyama Bamboo Grove e Fushimi-Inari.
O preço é salgado, o bilhete válido para um dia custa 4.000 Ienes, o que dá uns 150 reais. Eu poderia fazer boa parte parte desse roteiro usando o transporte público ou caminhando, entretanto com o ônibus a gente ganha muito tempo. Acho uma ótima opção para quem tem pouco tempo ou não quer se aventurar pelo metrô de Kyoto. Os ônibus partem de frente a Kyoto Station e começam a circular às 10h da manhã.
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Nossa acabei de me apaixonar por Kyoto! Que fotos lindas que lugar incrível.
Uma experiência completamente diferente de Tóquio, eu amei Kyoto.
Segui seu roteiro em Kyoto e foi muito bom! Ótimas sugestões para otimizar o tempo. Obrigada!
Obrigado!
Oi Fabricio,
Como voce conseguiu pegar Arashiyama Bamboo Grove e Fushimi-Inari vazias no mesmo dia?
Obrigada!
Pura sorte!