Já percebeu quantas pessoas estão largando tudo para viver ao redor do mundo? Trabalhando de lugares diferentes e conhecendo os mais diversos e belos cantos da terra? Essa é ou não a vida que você pediu a Deus? Mas será que é tudo tão lindo e perfeito assim? O que é esse “largar tudo”?
Se você fizer uma busca no Google, vai encontrar dezenas de artigos mais ou menos assim: “Casal abandona tudo para dar a volta ao mundo”. Soa mágico e poético, sobretudo se você odeia o seu emprego e só o suporta para poder pagar as suas contas e vê nesse desprendimento uma forma de mudar de vida.
Sair da zona de conforto e ir embora não é tão simples assim. Talvez não seja o seu momento certo. Talvez você seja casado e tenha filhos, esteja na faculdade, mestrado ou outras dessas amarras da vida.
Acho que antes de pensar em jogar tudo pra cima e partir mundo afora, você precisa responder duas coisas para você mesmo: O que eu estou jogando pra cima? O que eu pretendo com isso? Para qualquer ação, a gente precisa de uma motivação.
A Nina Lemos, que hoje mora em Berlim, fez um post muito legal para a Revista TPM onde ela fala de como foi difícil ir embora, como não foi nada fácil se livrar das coisas pessoais, dos seus gatos e resumir a vida em duas malas.
Uma coisa que eu já comentei aqui no blog é que para partir em uma jornada assim, a gente precisa se desapegar. Aprender a viver com simplicidade e viver por conta própria. Independência é a palavra chave para um projeto assim.
Quando eu vim embora do Rio para São Paulo, de certa forma foi um “jogar tudo pra cima”. Deixei um bom emprego para uma incerteza. Dei 80% das minhas coisas, pois elas simplesmente não se encaixavam mais na minha nova vida. E quer saber? Deu tudo certo, a gente sobrevive e eu fiz o que eu precisava fazer. Nunca voltaria atrás. Talvez o próximo passo seja cair no mundo, já que nesse primeiro teste eu passei com louvor.
Por mais que pareça um sonho, é preciso ter os pés no chão e planejamento. A gente precisa comer, ter um canto para dormir e começar a construir a nova vida. Se hoje você não aguenta mais o seu emprego, use-o a seu favor. Aguente firme, faça uma economia e crie bases que permitam que você alce vôo.
Quando eu mudei de vida, eu tinha minha motivação. Hoje, eu tenho outra motivação para ir embora. Qual é a sua?
Meu único porém é meu pet. Ter um animal é ter uma grande responsabilidade. Eu tenho uma gatinha, apesar de adorar viajar, jamais abandonaria ela para cair no mundo. Ela nosso tudo, nossa vida. É como abandonar um filho que só tem você, depende de você e entregá-lo a outra pessoa. Respeito a opinião de quem pensa o contrário. Mas para mim (e muitos outros), é assim que funciona. Quando os deuses felinos a levarem (espero que daqui há muito e muitos anos), aí começa outra jornada em nossas vidas.
Oi Lisandro tudo bem? Eu adoraria ter um animal, já tive gato e cachorro e sinto falta de ter um pet, mas como viajo muito, prefiro não ter. Seria muito triste deixar o bicho sozinho.
Apenas complementando, eu viajo, rs,rs,rs. Mas minhas férias são curtas, sempre deixo uma pessoa de extrema confiança cuidando dela e muitas vezes pago (caro) por isso.
Estava pesquisando pelo assunto na Internet e acabei
encontrando esse blog e esse artigo aqui, ótimos por sinal…