Berlim
É praticamente impossível você conhecer uma cidade intimamente em um curto período de tempo, as vezes, precisamos de anos e olhe lá.

É praticamente impossível você conhecer uma cidade intimamente em um curto período de tempo, as vezes, precisamos de anos e olhe lá. Mas tem lugares quem possuem uma energia tão forte que e em pouco tempo a gente já consegue criar uma conexão com a energia do lugar.

Berlim é esse tipo de lugar, aqui existe uma energia carregada de toneladas de história que é impossível passar por uma rua, uma estação de trem e não se deixar envolver.

Mesmo 20 anos depois da queda do muro, ou 70 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, essa história continua muito viva aqui.

A começar pelo aeroporto onde eu cheguei, o Flughafen Berlin-Schönefeld que foi aberto nos anos 30 e reconstruído pelos Soviéticos em 1947 e até a queda do muro, todos os vôos que vinham das nações socialistas, desciam aqui. O Aeroporto, que é o segundo mais importante da cidade, é caracterizado pela arquitetura soviética, as instalações sofreram poucas modernizações, é tudo muito antigo e inapropriado.

Aeroporto soviético
Aeroporto soviético

Parece uma viagem no tempo e é curioso, pois Berlim, apesar de ser uma das mais importantes cidades do mundo, eles ainda não tem um grande aeroporto. Schönefeld tem 1/3 do tamanho de Congonhas e ele divide o tráfego com o igualmente pequeno Tegel, mais próximo ao centro da cidade.

Berlim vai ganhar um grande aeroporto, o Brandenburgo, que vai ficar colado a Schönefeld e inclusive usar uma das pistas dele, mas a inauguração foi adiada várias vezes.

Berlin Hauptbahnhof, a modernosa estação central de trens.
Berlin Hauptbahnhof, a modernosa estação central de trens.

Mesmo com a queda do muro, é muito nítida a diferença entre o antigo lado oriental e ocidental. O lado que ficou controlado pelos americanos já ostentava construções modernas e um estilo de vida capitalista, já no antigo lado oriental é tudo muito antigo, muitos conjuntos habitacionais simples e todos com a arquitetura soviética com linhas simples.

Herança russa
Herança russa
Mãe Russia: entre a foice e o martelo

A herança russa está presente não só nessas construções, mas em memoriais, nos Trabants que volta e meia você esbarra com um desses carrinhos e na grande quantidade de pessoas da antiga União Soviética que ainda vivem aqui.

Dica: Assista o filme “Adeus, Lenin” que você irá entender exatamente o que eu disse.

Trabants

Conversando com alguns alemães, me pareceu que eles gostariam de esquecer dos absurdos da Segunda Guerra e o Terceiro Reich, mas os turistas não deixam e mesmo eles tendo dificuldade de falar em Hitler e o Nazismo, os turistas fazem com que esses assuntos nunca caiam no esquecimento. Mesmo com as marcas da guerra ainda sendo visíveis, basta observar os buracos de bala no Reichstag, na Kaiser Church ou nos antigos bunkers que foram engolidos e escondidos por construções modernas.

E apesar do passado denso, Berlim mira no futuro e em pouco tempo já mostra ser uma cidade acolhedora. Acho que é a receita perfeita para amor a primeira vista.


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Escolher uma boa localização para se hospedar é um ponto essencial para garantir uma boa experiência em qualquer cidade. Quer mais dicas de hospedagem? Confira a nossa nosso post com todas as dicas.

Algumas dicas:

Como eu chegaria a Berlim e também partiria por essa estação, eu me hospedei no Meininger Hotel Berlin Hauptbahnhof, do lado da estação e pertinho do Portão de Brandemburgo e do Reichstag. O quarto não muito grande, mas era super confortável, com um bom banheiro e um excelente café da manhã.

Nessa mesma região, tem outros bons hotéis que eu conheço e recomendo. E todos são muito bem localizados:

Meliá Berlin
Arte Luise Kunsthotel
Hotel Augustinenhof

Veja mais hotéis nessa região

Outros bairros bacanas e que tem hotéis mais baratos são Prenzauler Berg (veja a lista de hotéis aqui) e Charllottenburg (veja a lista de hotéis aqui). Prenzauler Berg tem muitos bares, restaurantes e fácil acesso ao metrô, assim como Charllottenburg.

Ambos não ficam longe das áreas turísticas e tem opções mais econômicas de hospedagem.

Veja mais opções de hospedagem em Berlim










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4 thoughts on “Berlim, o muro, o passado e as minhas primeiras impressões

  1. Amei o seu depoimento ” não viajo porque sou rico, viajo porque me programo” e pelo texto , você me convenceu a não trocar o sofá ( somente lavar) não comprar fogão novo( ta funcionando direitinho) e não ser consumista. Vou me programar para em setembro ir para Alemanha.

    1. Que bacana Cleusa, eu adoro receber mensagens como a sua e saber que ajudei de alguma forma. Publiquei seu comentário até no meu Facebook.

  2. HONESTAMENTE! Estive por apenas dois dias em Berlim! E achei a cidade bem insípida e estranha! Quero voltar! Preciso ver em Berlim esta maravilha de cidade q. tanto elogiam!!!!!!!

  3. Bem, ainda, vou voltar a Berlim! Tenho um projeto de ir a Europa no próximo ano e rever Berlim, como conhecer Amsterdam e Moscou. Confesso! Sou muito mais fã, dos Estados Unidos do que da Europa. Adoro Chicago, Boston e principalmente, Nova Iorque. Quero fazer uma releitura de Berlim onde fiquei apenas duas noites em 2011.A minha primeira impressão de Berlim foi de decepção! Pensei comigo mesmo! Como uma cidade tão sem graça monopolizou o mundo nos anos 40. E a feição do povo alemão mudou por completo! Nada das multidões loiras dos anos 40/50! Hitler fez um tremendo estrago na Alemanha matando a maior parte da juventude alemã daquela época e as imigrações pós guerra mudaram completamente a cara do povo alemão. Hoje uma população envelhecida, sem natalidade alguma, e os turcos, africanos,vietnamitas, vindos principalmente na época da antiga Alemanha Oriental são a cara do povo alemão atual.Berlim é grande! Uma cidade que tem seu interesse! Agora nenhuma Brastemp! Cidades como Madri, Chicago ou Londres, são infinitamente mais cidades que Berlim, seja pela vibração ou mesmo pela arquitetura! Uma pena! A Europa perdeu totalmente sua identidade e até sua cultura! A própria América está longe do seu apogeu lá nos idos dos anos 40/50 e 60. O mundo mudou! E mudou muito para pior! Infelizmente!

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