O Brasil tem muitos lugares especiais, quase intocados e longe dos olhos dos turistas. Lugares em que podemos ter contato com um Brasil único e autêntico. Um país muito diferente do que estamos acostumados aqui na região sul e sudeste. A Ilha do Marajó é um desses lugares, que encanta por sua simplicidade. Tão genuíno quanto o povo marajoara. Que tem seus costumes, sua música e seu ritmo. Hoje eu mostro para vocês um pedacinho desse Brasil, veja aqui o que fazer na Ilha do Marajó.
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Antes de mais nada, ilha do Marajó é imensa. Não é o tipo de lugar em que se conhece em um dia. Certamente levaria meses ou anos para conhecer minimamente o Marajó. Com uma área de aproximadamente 40.100 km², ela é a maior ilha costeira do Brasil. Natural ficar em dúvida sobre para onde ir e o que visitar.
Portanto, eu escolhi Soure, a pequena cidade localizada na Baía do Marajó, no encontro com o Oceano Atlântico. Perto o suficiente de Belém, apenas 2 horas de lancha rápida. Contudo, tão distante como um outro país.
Antes de entrar no post sobre o que fazer na Ilha do Marajó, vou deixar aqui algumas dicas importantes sobre como chegar e onde ficar na Ilha do Marajó. Dessa maneira você conseguirá planejar melhor a sua viagem.
Como chegar na Ilha do Marajó
Os barcos com destino a Soure partem do Terminal Hidroviário de Belém. Atualmente só a lancha rápida está fazendo a viagem de Belém a Soure uma vez ao dia (exceto aos domingos). A lancha é o Expresso Golfinho, operado pela Master Motors. A viagem dura em torno de 2h e custa R$50 o trecho.
Para mais detalhes sobre como comprar a passagem e como é a viagem, recomendo ler o post completo onde eu explico como chegar na Ilha do Marajó.
Onde ficar em Soure
Apesar de ser um lugar bem pequeno, Soure tem uma boa oferta de pousadas super charmosas e aconchegantes. É o caso da Pousada O Canto do Francês, a pousada é linda, super confortável e fica em um lugar muito lindo da Ilha do Marajó. Certamente vai agradar.
Outra dica é o Hotel Marajó, que tem acomodações confortáveis bem no meio da natureza e com preços excelentes. Ou a Pousada Marajoara super charmosa e também aconchegante.
O que fazer na Ilha do Marajó (Soure)
Primeiramente, a Ilha do Marajó é o tipo de lugar onde a gente vai para descansar e descomprimir. Não é aquele tipo de lugar cheio de pontos turísticos onde precisamos fazer uma lista com o que fazer e o que visitar.
Soure é uma pequena e encantadora vila, com muitas ruas de terra ou grama. Abraçada pelo Rio Paracauari e a Baía do Marajó no encontro com o Oceano Atlântico. Onde relaxamos na sua orla salpicada de coqueiros observando o vai e vem dos barquinhos rio acima.
Praia do Pesqueiro
Pegue um mototáxi (R$ 15 ida e volta) para te levar até o lugar mais visitado de Soure, a Praia do Pesqueiro. Na minha segunda viagem ao Marajó, eu fiz o trajeto de 10km de bicicleta.
O caminho em uma estradinha no meio da mata emoldurada por árvores, palmeiras e campos de arroz que me transportaram novamente para a Ásia e nem estou falando do calor.
A Praia do Pesqueiro é linda, uma imensidão de areia branca com várias barraquinhas de sapê, onde servem um peixe de comer rezando. Sabe aquele peixe que foi pescado na hora e preparado ali mesmo? Simples e incrivelmente saboroso. Não deixe de pedir também uma porção do queijo do Marajó.
Quando cheguei lá, a praia estava vazia. A maré estava baixa e tinha formado inúmeras piscinas de água transparente na longa faixa de areia em direção ao mar.
Praia da Barra Velha
Eu descobri a Praia da Barra Velha na minha segunda viagem ao Marajó. Na ocasião, eu fiquei 5 dias em Soure. A praia fica distante cerca de 3 km do centrinho de Soure e eu cheguei lá de bicicleta. Um passeio super gostoso em meio à natureza e estrada de terra.
Como a Praia da Barra Velha sofre bastante a influência das marés, ela muda por completo ao longo do dia. Muitas piscinas naturais surgem ao longo do dia e desaparecem a medida que a maré volta a subir.
A praia tem uma boa estrutura de barracas com excelente atendimento. Algumas oferecem internet wi-fi, já que o sinal 4G não chega até lá.
Durante os meus 5 dias em Soure eu estive 3 vezes na Praia da Barra Velha e ela se tornou a minha favorita em Soure.
Búfalos por todos os lados
A Ilha do Marajó é famosa por seus búfalos, estima-se que existam mais de 600 mil deles. Seja no meio da mata, ou no meio das ruas de Soure, a passos lentos como uma enorme SUV de quatro patas. Estes animais não são naturais do Brasil, há quem diga que eles se salvaram de um naufrágio no século XIX vindo da Indochina para a Guiana Francesa. Mas a versão oficial é de que eles foram importados da Índia nos anos 30 do século passado e a sua população explodiu desde então.
Você pode ver os animais soltos em todas as partes de Soure, entretanto na Fazenda São Jerônimo o visitante pode conhecer melhor esses animais. Contudo, é preciso cuidado.
Cerâmica marajoara
A Cerâmica Marajoara é conhecida e apreciada, inclusive fora do Brasil. Portanto, não deixe de conhecer a Casa de Artesanato Arte Mangue Marajó, onde podemos apreciar a produção das peças e também comprar coisas lindas e originais da tradicional arte do Marajó.
Confesso que se tivesse mais espaço na mala eu teria comprado muitas coisas, todavia eu garanti um prato decorativo e três vasos lindíssimos que guardo na minha casa com todo o carinho do mundo.
Apresentação de Carimbó
Assistir uma apresentação de Carimbó é programa obrigatório para quem vai ao Marajó. E todos os sábados tem roda de carimbó com o grupo Tambores do Pacoval.
O giro das moças era embalado pelo trio formado pelo tambor, o ganzá e do maracá. Rodopiando sem tirar os pés do chão com longas saias de tecido de chita. Uma coreografia hipnotizante e em outras palavras, algo totalmente paraense.
O som, a alegria, os pés no chão e a simplicidade de um lugar tão mágico que se tornou marcante na minha memória.
Como disse, a apresentação acontece todos os sábados às 19h30 no Pacoval, um bairro de Soure. O evento de reunião da comunidade, longe de ser algo pensado para turistas, por isso é tão legal. Mas para ajudar na manutenção da ONG, os visitantes pagam 20 reais para assistir e também participar da roda de carimbó.
Mais informações no perfil do Tambores do Pacoval no Instagram.
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Sou de Belém do Pará e me deu gosto de ler o seu texto, o carinho em falar do meu estado. Muito obrigada ❤
Espero que volte, seja sempre bem vindo.
Ps. Coloque seu Instagram aqui, procurei e não localizei. Obrigada.
Meu Instagram: nivea_nogueira
Oi Nivea, tudo bem? Obrigado pela mensagem! Eu sou apaixonado pelo Pará, pretendo voltar mais e mais vezes. O Instagram está lá em cima no menu, junto com as outras redes. É @vounajanela =)
Oi. Doutor. Fabrício. Você. Chegou. Quando. Aqui. No. Nosso. Para. Meu. Nome. E. Karina. De. Cassia. E. Eu. Estava. Passando. Por aqui algum. Tempo. Mais. Agora. Estou. Pretendo. Mudar. Para. Dentro. De. Um. Outro. Estado. Ou. Pais. Se. Assim. Me. For. Permitido. .no. Que. Mesmo. Em. Que. Você. Trabalha mesmo??.ass.a.mesma
Fala Fabrício!
Rpz, estou muito inclinado a conhecer Belém e Marajó.
Tanto seu blog quanto o canal no YouTube são maravilhosos.
Uma sugestão que eu gostaria de dar é que você poderia trazer no post dicas do que vestir nos lugares por onde anda. Apesar de ser lugar-comum andar de bermuda num lugar com tanta água para banho, umas dicasinhas cairiam bem! 😉
Olá, estou adorando seus relatos e usando muito para montar meu roteiro.
Você comentou que fez o trajeto do Terminal Hidroviário à Praia do Pesqueiro de bicicleta, correto? Você tem indicação de como alugar bikes por lá?
Desde já muito obrigado!!
Oi Herique. As pousadas alugam bicicletas.
Boa noite Fabrício.
Assisti um programa sobre o Marajó no canal Brasil, e me despertou o interesse pelo assunto, daí, na pesquisa do google, achei seu post, já o li duas vezes, tomei a liberdade de te perguntar o seguinte: – Eu e minha esposa já passamos dos 60 anos, pela sua experiência de viajem ao Marajó, dá para levar na boa essa empreitada para dois adolescentes da 3a idade?
Meus parabéns por sua publicação, muita saúde e muitas viagens é o que desejamos.
Alexandre e Selma.
Oi Alexandre, tudo bem? Tranquilamente! Na pousada que eu fiquei tinham vários jovens senhores e estavam amando o Marajó!
oLÁ Fabricio, boa tarde! tudo bem? Meu nome é Lourdes, sou de São Paulo.
vou sozinha para Ilha de Marajó e terei que me virar sozinha, também! kkk
Irei para Mocajuba – Instituto Laurinda Amazonia, de 13 a 17 (vila ribeirinha – um projeto criado por uma professora de gastronomia e natural de Mocajuba) – em seguida ela nos levará para conhecer Belém.
li sua postagem sobre pousadas, passeios, locomoção.
Minha dúvida é: vou sozinha de Belém, com o barco para Saure. Como chegar na pousada? , qual meio de locomoção? só moto taxi?
e o acesso às praias? só de bicicleta (adoro) e/ou mototaxi? é tranquilo?
Abraço
Oi Lourdes, tudo bem? No portinho de Soure tem táxis e moto-táxis, não se preocupe com isso. Já para chegar nas praias, eu em todas de bicicleta. Mas você pode pegar também o táxi ou moto-táxi também.
Oi, Fabrício! Por favor, você poderia explicar como conseguia bicicleta para fazer esses passeios pelas praias?
Obrigada.
A pousada onde eu me hospedei oferecia as bicicletas para aluguel.