Qualquer site ou guia de viagens com dicas de Havana vai sugerir uma visita ao Museu da Revolução (Museo de la Revolución) como parada obrigatória para quem vai visitar a capital cubana. Então, não dava pra simplesmente ignorar o museu e lá fui conferir se ele era tudo o que os guias diziam ser.
Para entender um pouco do contexto histórico, a Revolução Cubana foi um movimento guerrilheiro para destituir do poder o ditador Fulgêncio Batista, que era apoiado pelos EUA, do governo da ilha.
O que aconteceu em 1 de janeiro de 1959 pelo Movimento 26 de Julho, que foi liderado por Fidel Castro e Ernesto Che Guevara, o mentor da coisa toda. A revolução derrubou um governo golpista e ditatorial e transformou o país em uma nação socialista.
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Aí você pode dizer “Ah, mas Fidel também era um ditador!” Sim, amiguinho, você tem toda razão, mas aí já é uma outra história que se desenrolou nos anos seguintes.
Voltando ao fio da meada, a Revolução Cubana e o novo governo eram apoiados pela então União Soviética, logo, os EUA não gostaram nem um pouco disso e foi aí que surgiu o embargo econômico a Cuba, era o auge da Guerra Fria e as coisas andavam bem quentes naquelas bandas. A União Soviética queria instalar mísseis nucleares em Cuba e deu um rolo danado. Pesquisa aí no Google sobre “a crise dos mísseis”.
Voltando ao museu, ele funciona no prédio onde era o antigo palácio presidencial, uma construção linda, toda em art-deco e onde em 1957 houve uma tentativa frustrada de assassinar o então presidente Fulgêncio Baptista pelos revolucionários.
O Museu da Revolução deveria contar muito bem essa história, mas não conta. O acervo é bem fraco, as salas não tem uma sequência lógica dos fatos e eventos da Revolução Cubana, o acervo também é bem fraco. Falta curadoria.
A gente espera uma coleção incrível do Che Guevara, que em Cuba tem status de semideus, mas a gente chega na sala e é apenas mais uma decepção.
A única coisa que eu achei interessante, além do prédio lindo, são os antigos equipamentos de comunicação e aparelhos médicos da época. Tem algumas roupas antigas também mas estão se desfazendo pela falta de conservação.
Atrás do Museu da Revolução fica o Memorial Granma, é lá que está o imenso iate que levou Fidel Castro, Che Guevara e mais 80 combatentes do México para Cuba em 1956 para dar início a fase decisiva da Revolução Cubana.
Também tem uma coleção bacana carros e aviões militares, destroços de uma aeronave B52 da Força Aérea Americana e de um U2 (o avião, não a banda, hahaha), ambos abatidos em Cuba. É tipo um grande troféu para os caras.
Vale a pena?
A julgar pelo custo-benefício, não. A entrada custa 8 CUCs (o equivalente a 8 dólares), foi o museu mais caro de Havana. Mas se você quiser admirar a arquitetura do prédio, mesmo que mal cuidada e visitar o memorial Granma, vai em frente.
Como chegar ao Museu da Revolução
O museu fica na Avenida Bélgica, pertinho do Malecón em Havana Vieja. A entrada custa 8 CUCs e ele fica aberto das 9h30 às 16h.
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