Chinatown e o Templo do Buda de Ouro são dois lugares que eu precisava riscar da minha lista de lugares para visitar em Bangkok. Nas visitas anteriores eu não consegui colocar esses lugares na agenda, não que eles não sejam interessantes, pelo contrário. É que Bangkok tem tanta coisa para ver e fazer que é difícil visitar tudo em poucos dias, então a maioria acaba optando pelo roteiro basicão: Wat Pho, Grand Palace, Wat Arun, pois é o que a cidade tem de must see mesmo.
Agora que eu estou morando em Bangkok, fica mais fácil tirar um dia para conhecer o que ficou de fora das viagens anteriores. Assim com o Chatuchak Weekend Market, o roteiro de barco pelo Chao Phraya, a Jim Thompson House, etc. Então lá fui eu conhecer a Chinatown e o Templo do Buda de Ouro.
Chinatown e o Templo do Buda de Ouro
Como eu cheguei de metrô pela estação Hua Lamphong (linha azul do MTS), o meu caminho natural foi visitar primeiro o Buda de Ouro, mas a maioria das pessoas chegam pelo lado oposto, de barco pelo píer Ratchawongse, ou de táxi/tuk-tuk e começam sua visita por Chinatown.
O templo que abriga o Buda de Ouro (Phra Maha Suwan Phuttha Patimakon em tailandês) é o Wat Traimit, não é um dos maiores templos da cidade, mas é muito bonito. Eu cheguei lá no fim da manhã e estava bem cheio, a quantidade de ônibus de excursão do lado de fora já entregava que o lugar estava com gente saindo pelos bueiros.
Sim, estava cheio, mas nada que fosse além do que eu já estou acostumado em Bangkok ou que prejudicasse a minha visita. O templo fica em uma parte alta, artificial logicamente pois Bangkok é uma cidade plana. A imagem dele de longe é bem bonita e como todos os templos da Tailândia, é muito bem cuidado.
Primeiro eu comprei a entrada que custou 40 Bahts (menos de 5 reais), praticamente não tinha fila, só um grupo de indianos tumultuando o rolê sabe lá Shiva o porquê. E vai mantendo a calma pois eles entram na frente na hora de tirar fotos, fazem um milhão de selfies e deixam geral esperando e esperando para poder fazer uma mísera fotinha.
Para visitar o templo vale a mesma regra da maioria dos templos, ou seja, nada de roupas decotadas e pernas de fora. Homens podem entrar com a bermuda na altura do joelho, mulheres precisam cobrir os ombros e pernas. Eu sempre levo comigo uma daquelas calças de templo que eles vendem por 100 Bahts principalmente na região da Khao San Road e que se for preciso, eu visto por cima da bermuda, mas dessa vez não foi o caso. Também é preciso tirar os sapatos para entrar nos templos, mas pode entrar usando meias, acho mais higiênico.
Na base do tempo existe um pequeno museu e a entrada é vendida separadamente, não vale a pena, suba direto até o Buda. Falando nele, é uma das imagens mais lindas que eu já vi. São 3 metros de altura (sem a base), forjado em ouro maciço, são mais de 5 toneladas de ouro. É a maior estátua de Buda feita de ouro do mundo. Certamente uma das coisas mais impressionantes que você verá em Bangkok.
A história diz que que esta imagem foi construída no ano 1200 em Ayutthaya, que foi a capital do Reino do Sião (atual Tailândia) até o ataque do exército da Birmânia em 1767. Quando os monges que protegiam a imagem souberam dos rumores de que os birmaneses estavam a caminho de Ayutthaya, eles decidiram cobrir a estátua com camadas e mais camadas de argila, escondendo o real valor e evitando que ela fosse saqueada.
A imagem caiu no esquecimento e ficou 200 anos assim, até que com a construção de novos templos em Bangkok ela foi trazida e colocada onde hoje é o pátio do Wat Traimit e ficou mais de 20 anos lá, pois era considerada feia por ser “feita” de barro. Até que nos anos 1950 decidiram remover a estátua para a construção do Wat Traimit, ela foi derrubada acidentalmente, o que rachou a cobertura de barro e revelou a estátua de ouro maciço. Olha que história sensacional!
O espaço onde o Buda fica é pequeno, a gente praticamente dá a volta em torno dele e sai do outro lado. Mas não precisa ter pressa, só respeitar o lugar, pois antes de ser um ponto turístico, é um lugar religioso.
Depois de visitar o Buda de Ouro eu segui para Chinatown. O Wat Traimit fica exatamente no começo do bairro chinês, é só atravessar uma rua e pronto.
A Chinatown é o reduto da comunidade chinesa em Bangkok e em várias cidades do mundo onde existe uma grande comunidade, ela é chamada de Chinatown. Acho que São Paulo está no caminho de renomear a 25 de março para Chinatown hahaha.
E o que esperar do bairro? Muito, mas muito comércio de rua, lojas com aqueles produtos naturais e estranhos muito consumidos por eles, comida de rua, bugigangas, xing-lings e um trânsito extremamente caótico.
Um vai e vem de gente, carros e tuk-tuks que torna uma simples travessia de rua em uma aventura. Só seguindo os locais para conseguir atravessar com o mínimo de segurança.
Mas o passeio em Chinatown é uma boa maneira de conhecer um pouco mais de outra cultura e se você quiser, ainda pode comprar aqueles produtinhos do Aliexpress praticamente direto da fonte.
***
Visitar Chinatown foi bacana, mas a experiência mais legal foi conhecer o Buda de Ouro. Não sei se por eu já ter ido para a China, o que torna qualquer Chinatown apenas um lampejo do que é realmente conhecer uma cidade chinesa. Mas se você está em Bangkok, eu recomendo visitar ambos os lugares para poder ir um pouco mais além do roteiro basicão na cidade e que a maioria dos turistas fazem.
Eu já estive em Bangkok mais 5 vezes e aliás, já morei lá durante o ano de 2018. Todos os hotéis que eu vou indicar neste post eu já conheço e já me hospedei neles. Leia o post completo com todas as dicas ou confira os principais destaques aqui embaixo:
O Rambuttri Village Plaza é um achado! Ele fica no coração do centro histórico de Bangkok, pertinho da Khao San. Embora essa região seja bem cheia, ele fica em uma rua super gostosa e bem tranquila. E foi neste hotel que eu me hospedei em duas ocasiões em Bangkok.
O Amara Bangkok faz parte de uma rede de hotéis lá da Ásia, com duas unidades em Singapura, uma em Xangai e este em Bangkok. E não é exagero dizer, esse foi o melhor hotel que eu fiquei em Bangkok.
O Prime Hotel Central Station foi reformado a pouco tempo, o quarto era enorme, com uma cama muito confortável. Uma bela vista da estação Hua Lampong, de onde saem os trens para Ayutthaya e para todos os cantos da Tailândia.
O The Quarter Ladprao fica em uma localização super estratégica em Bangkok, perto do Aeroporto Don Mueang e com fácil acesso de trem ao Aeroporto Internacional Suvarnabhumi.
Por fim, um hotel para quem está em trânsito. Eu fiquei no Suvarnabhumi Ville Airport Hotel durante uma conexão longa no Aeroporto Internacional Suvarnabhumi. O hotel fica ao lado do aeroporto, coladinho na pista. Inclusive eles tem um bar no rooftop – que serve drinks maravilhosos e ótimos pratos – e de onde temos uma vista sensacional dos pousos e decolagens.
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Oi Fabrício, varios post ótimos. Estamos indo para Tailândia ano que vem [2020], lendo sobre tudo em volta , a cidade…..teremos 15 a 18 dias sem contar com desembarque e embarque , incluindo + Malásia , por achar menor e mais rápida na minha opinião, Vietnã e Camboja teremos que deixar para uma próxima. Conhece o comercio e preços da Tailândia e Malásia para artigos maq fotográfica , Gopro ou similar , drones, eletronicos [jogos, computadores] e roupas.
Pelo que ando lendo a Malásia é melhor ! Sei que acaba sendo pessoal gosto e valores cada um, mais vc está morando na Tailândia pode dar um parâmetro, obrigada Margareth
Oi, tudo bem? Eu sempre achei os preços de Bangkok melhores do que em Kuala Lumpur. Em Bangkok o paraíso das compras é o shopping MBK, depois o Siam Discovery, um fica praticamente em frente ao outro. Uma praça suspensa liga os dois.