Eu preciso compartilhar com vocês uma experiência chata que eu tive recentemente envolvendo procedimentos de imigração. Apesar de todo mundo sempre se preocupar com a imigração na chegada a um determinado país, o meu problema aconteceu na saída, quando tudo parecia improvável.
De uma forma resumida, eu estava voltando da minha viagem a Rússia, que eu estiquei até a Turquia e depois voltei para o Espaço Schengen entrando na União Européia pela República Tcheca.
Importante dizer que eu não tive problemas na imigração russa, turca e tão pouco na República Tcheca. Para vocês terem ideia, nenhuma pergunta foi feita em todos esses países.
De Praga eu fui para Budapeste e de lá eu pegaria um voo para o Brasil via Roma com a Alitalia. Chegando em Roma eu fui direto para a imigração de saída pois queria acessar a sala VIP da Alitalia que fica na área internacional do Aeroporto de Roma.
As filas na imigração de saída de Roma estavam absurdamente grandes, um caos de gente se atropelando e os policiais italianos aos berros com as pessoas. Educação e gentileza era algo que realmente não existia ali.
Passar pela imigração já é naturalmente tenso, ainda mais com dezenas de olhares e câmeras em cima de você. Acho que a gente já chega nesses lugares sendo automaticamente suspeitos de crimes e atrocidades, pois não é possível tanta desconfiança.
Eu fiquei aproximadamente uns 40 minutos na fila, confesso que demonstrei uma certa impaciência, algo que eu julgo completamente compreensível depois de tanto tempo naquele curralzinho sendo tratado como gado.
Mas esse talvez tenha sido meu erro, a minha impaciência pode ter acendido a luz de alerta na cabeça dos caras da imigração. E o italiano que me atenderia não tirava os olhos nervosos e trevosos de mim. Parece que ele atendia as outras pessoas que estavam na minha frente ainda mais rápido para que a minha vez chegasse logo.
E chegou! Ele pegou meu passaporte e olhou folha por folha, carimbo por carimbo. Esfregou o código de barras com o dedo e depois com um produto químico. Passaportes falsos tendem a borrar o código de barras quando friccionados ou expostos a determinados produtos químicos. – Pronto, esse cara está achando que meu passaporte é falso. E aí veio a confirmação:
“Eu tenho razões para acreditar que o seu passaporte é falso e que você não é brasileiro”
Oi? Certamente foi a coisa mais improvável que eu ouvi há tempos. Nessa hora a gente precisa segurar fôlego e não se exaltar, pois um simples incidente pode virar algo grande. E ele continuou insistindo e as pessoas ao redor me olhando. Foi constrangedor para dizer o mínimo. Aí ele começou perguntar de onde eu era e a razão de tantas viagens. Respondi em inglês que era blogueiro de viagens, que este era o meu trabalho e por isso tantos carimbos. Não satisfeito ele começou a olhar e esfregar todos os carimbos novamente. Ele ficou obcecado pelo carimbo do México. Será que ele pensou que eu era mexicano? Ou que eu tentei entrar nos EUA ilegalmente. Eu tenho visto americano mas está em outro passaporte, enfim…
Mais uma vez ele disse que eu não era brasileiro. Aí eu me irritei e comecei a falar com ele em português. Ele disse “não entendo” e eu respondi que estava falando em português brasileiro, por isso ele não entendia. Confesso que na hora me arrependi de ter respondido assim, o cara poderia se irritar ainda mais.
Uma outra bateria de perguntas repetidas, mais carimbos analisados, mais uma vez o código de barras esfregado. Então ele arremessou o passaporte na minha direção e me liberou depois de longos 10 minutos constrangedores.
Ele disse que eu não me parecia com brasileiro. Amigo comedor de pizza, a população do Brasil é formada da miscigenação de vários povos: indígenas, europeus, africanos e asiáticos. Ou seja, a gente pode parecer com qualquer coisa. É como eu costumo dizer, brasileiro não se parece com nada e com tudo ao mesmo tempo. Eu por exemplo sou filho de pai português e mãe espanhola, e aí?
E vocês, já passaram por alguma situação parecida?
Vou deixar aqui embaixo alguns links sobre a imigração de entrada na Europa pela Itália, que eu fiz em uma outra viagem e também um super post com dicas para a imigração na Europa de uma forma geral.
Como é passar pela imigração em Roma
Dicas para passar pela imigração européia sem medo
Como ficar mais de 90 dias na Europa sem ser deportado
Brasileiros precisarão de autorização prévia para entrar na Europa
Photo by Erik Odiin on Unsplash
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